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terça-feira, 11 de agosto de 2015

A porta esquecida aberta


Era desejo apenas, assim ficou combinado. 
Tinha de ser. Um súbito desejo de corpos grudados, molhados e depois saciados, pelo desejo.
Eram sussurros apenas, entre bocas, lambuzadas, molhadas, sedentas de beijos, era apenas desejo. 
Era encontro, procuras, descobertas, risadas, entre abraços e devaneios, buscavam-se para conter o desejo.
Era apenas ele e eu, homem e mulher, amantes. 
Banhados, enroscados pelo desejo.
Mas esqueci a porta aberta, e desejei mais que corpo, eu quis que me tocasse a alma.

(Luara Batista)

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