Pages

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015



A vontade que eu tenho é de deixar isso acontecer. Que me ligue quando desejar, que o papo dure até a noite toda, se assim quisermos, de adentrar no seu mundo e lhe oferecer meu.
Que queiramos ficar com caras de bobos juntos, com essa tal de paixão relâmpago, que seja! E até quando o assunto acabar. 
Deixar que você seja aquele me oferece abrigo, mimos,  que me chame no meio do dia só pra dizer um oi.
Mas quando eu olho pra dentro de mim, me sinto egoísta demais, por achar e querer mereço bem mais que isso. Pode ser! Quero deixar acontecer. Não tenho pressa.

(Luara Batista) 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015



Quero-te inteiro
Intenso
Ofegante
Quente
Quero que me percorra o corpo 
Que beije
Que aperte 
Que sufoque 
Quero a sensação da tua barba me provocando arrepios
O frisson 
O desejo
O tesão 
A loucura 
Quero o êxtase mundano dos corpos
A luxúria do teu sexo
O doce veneno do pecado
Quero o teu fruto proibido 
Venha
Preencha esse vazio
Me possua
Quero me sentir entregue
Liberta
Não importa como
Eu apenas lhe imploro
Faça-me sentir!

(Ashanti Pauleti)



quarta-feira, 11 de novembro de 2015


"Não vejo a vida com lentes cor de arco-íris. Na minha bagagem não cabem promessas nem utopias, mas uma tendência desenfreada à esperança.
O que você chama de otimismo eu prefiro chamar de confiança e de fé.
De um querer infinito.
De uma coragem pulsante da qual me visto pra poder viver."
(Yohana Sanfer)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015


Já acreditei em teorias. No entanto, a prática me contraria sempre que tomo algo como verdade absoluta.
Tenho fé nas pessoas, até que meu pé não fique atrás.
Costumo me doar verdadeiramente, embora não costume insistir no que não vejo continuidade ou reciprocidade.
Percebo o mundo que me rodeia.
Incomoda-me a alienação mental (ou qualquer tipo de alienação).
Sou compassiva, não desatenta.
Respeito opiniões, porém peço quando preciso.
Sei agradecer, mas não exijo gratuidade das pessoas.
Noto que incoerências vêm à tona. Não gosto de ser incoerente comigo, nem com os outros.
Me questiono por que as pessoas mentem (?)... Não sei viver com uma arma apontada para mim!...
Me entristeço ao perceber que construí sozinha alguns castelinhos de areia.
Já sonhei mais, já fui mais idealista. Não sei se é a experiência que me tira algumas empolgações ou é a realidade que não me permite os contos de fadas.
Ainda aprimoro meus contos e faço deles poesia. Algumas entrelinhas são minhas, só eu entendo. Nem sempre há destinatários. Quando há, trabalho em mim a virtude da assertividade.
Nunca sem alma. Há um sentimento profundo implícito até nos gestos menos elaborados.
Não sou incomum, mas não sou senso comum.
Já vivi a favor dos outros e contra mim.
Já errei algumas escolhas, já sofri por não escolher.
Sou intolerante confessa, embora saiba ceder.
Sei estar sozinha sem invadir espaços alheios, ou responsabilizar o outro pela minha solidão.
Não sou rasa, muito menos gosto de ser tratada como tal.
Meu silêncio nunca é vazio.
Minha pausa é música.
Não vivo apenas, infinito-me.


(Karla Fioravante)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015



Ele era a poesia dos meus dias,
O riso fácil a dançar em meus lábios,
A partida mais dolorosa,
A chegada mais desejada.
Ele foi o amor mais presente,
Daquele que não se mede,
Um querer estar perto,
E que sabíamos ser e erámos.
Conhecia cada pedaço do meu corpo,
Cada sentir que brotava de mim,
Mas pouco quis saber,
Da arte do querer ficar, de se demorar.
Foi superficial demais
Pro meu coração é intenso
Que quer ser mais que prazer.


(Luara Batista) 

terça-feira, 3 de novembro de 2015


"Eu o mato um pouco por dia e ele nem suspeita. Não entenderia. Não tem sido fácil. Incomoda. E machuca. Mas me parece mais sensato silenciar do que dispersar aos sete ventos as sensações que ele despertou. Eu o calo todos os dias. Não deixo que ocupe os meus pensamentos, despisto a vontade e sempre que posso ignoro a necessidade de ouvir a sua voz. Eu o adormeço dentro de mim para não lidar com a bagunça que ele causa. Pra não explicar o que por si só já é difícil de sentir. Meço forças todos os dias com a razão e com o coração. Não posso mais brincar. Não posso sequer alimentar qualquer vestígio de esperança que seja. Ou é tudo ou não é nada. Mas é sempre ele me perturbando o sono e me desconsertando entre um sorriso e outro. Eu o mato um pouco dia para não perder o controle e acabar esparramada em desejos que desobedecem as minhas direções".

Por Marcely Pieroni Gastaldi

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Preciso tê-lo por perto


Ele se aproximou, meio que ofegante, respiração acelerada... avistou uma cadeira ao lado e sentou-se, ficando mais perto, perto o bastante para notar o quanto ela estava ansiosa com sua presença ali. Olhando-a no olho e numa atitude natural, lhe roçou o braço, num toque suave e aveludado. 
-Repete! Ela pediu. Repete o que fez agora. Ele a olhou. Queria sentir aquele toque de novo. E assim, ele fez, o mesmo gesto com o braço, roçando-lhe mais intensamente que da primeira vez. 
Uma sensação ardente a fez gemer, ao ver que ele se aproximava ainda mais para beijá-la. 
Era impressionante como ele conseguia arrancar-lhes suspiros desprevenidos... como ela o queria, e que sensações ele era capaz de faze-la sentir.

(Luara Batista)