Mas pensava
consigo mesma. “Moço, meu prazer é vê-lo arfar com meu toque, e quando goza,
contorcer-se de delírio. Mas devo admitir, eu não quero apenas isso, meu desejo
é bem maior. Confesso, não sou meio intensa, eu diria que sou intensa e meia,
pois não sei me entregar pouco, não sei querer pouco, não me contento com as
metades, pedaços de você.
Eu me transformei na pior versão de mim mesma:
amarga, intolerante, cara amarrada. E não era esse meu objetivo. Fui a primeira
a dizer: “não podemos nos apaixonar”, tropecei e agora me sinto assim, mas sei,
vai passar.
Queria que me quisesse de verdade, que pensasse em mim nas horas
mais impróprias do seu dia, que ligasse pra falar qualquer bobagem, ou apenas
dizer que ligou pra ouvir minha voz, queria surpresas diárias, almoços sem
programações prévias, ou até um passeio no parque...”
(Luara Batista)
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