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segunda-feira, 5 de outubro de 2015



Mas pensava consigo mesma. “Moço, meu prazer é vê-lo arfar com meu toque, e quando goza, contorcer-se de delírio. Mas devo admitir, eu não quero apenas isso, meu desejo é bem maior. Confesso, não sou meio intensa, eu diria que sou intensa e meia, pois não sei me entregar pouco, não sei querer pouco, não me contento com as metades, pedaços de você. 
Eu me transformei na pior versão de mim mesma: amarga, intolerante, cara amarrada. E não era esse meu objetivo. Fui a primeira a dizer: “não podemos nos apaixonar”, tropecei e agora me sinto assim, mas sei, vai passar. 
Queria que me quisesse de verdade, que pensasse em mim nas horas mais impróprias do seu dia, que ligasse pra falar qualquer bobagem, ou apenas dizer que ligou pra ouvir minha voz, queria surpresas diárias, almoços sem programações prévias, ou até um passeio no parque...”

(Luara Batista)

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